Você já teve ou regularmente tem a sensação que algo ruim vai acontecer? Fica rolando na cama sem conseguir dormir a noite, ou de repente sente o coração batendo muito forte e já começa a suar, sentir uma tontura, um formigamento, um mal estar?! Se você se identificou, já deve ter se perguntado: mas o que é que está acontecendo comigo?
Eu sou Danilo Abreu, Psicólogo e vou falar aqui sobre o famoso ATAQUE DE ANSIEDADE. Se você sofre com os sintomas que falei acima, ou outros parecidos recomendo fortemente que venha junto comigo aqui, pois só em entender mais sobre o problema você automaticamente já será capaz de melhorar esse seu desconforto. Tudo que eu disser aqui tem base na ciência, já está comprovado, então se dê uma chance de fazer essa psicoeducação aqui comigo. Acredite…é meu desejo genuíno poder te ajudar e desde já, com esse conteúdo aqui e mais, te trazer a autonomia pra que você mesmo seja capaz de conter esses sintomas físicos e psicológicos.
Primeiro, convém que você saiba que os sintomas de ansiedade são fundamentais para nós, seres humanos, nos adaptarmos ao ambiente, além de possuir funções importantíssimas para nossa sobrevivência enquanto espécie. Em momentos chave da vida, esses sintomas nos ajudaram a obter uma maior probabilidade de sobrevivência, como ter comportamentos de fugir de algo muito perigoso, ou nos trazer uma força extra ao lutar.
Mas tudo bem, dificilmente vai aparecer um leão em sua sala pra que você precise lutar por sua vida, ou muito menos você precisará fugir de um urso faminto. A questão é que, se não existe racionalmente perigo eminente, porque a sensação do ataque de ansiedade é tão desagradável? Será que isso é uma doença? Essa reação intensa de nosso corpo é desproporcional aos perigos do dia-a-dia (a não ser que por exemplo, você se exponha em uma rua perigosa no meio da madrugada. Ai faria sentido esses sintomas aparecerem, né?!). Então de onde isso vem? Pois bem, consideramos transtorno quando você adquire o medo de sentir os sintomas…traduzindo. Um episódio isolado de ataque de ansiedade não se configura um transtorno. Agora, se você começa a ter medo de sentir os sintomas e isso começa a ser um peso em sua vida, onde isso gera perdas e te limita a fazer determinadas coisas que antes você fazia… ai sim, é algo para você dar muita atenção, certo? E vamos deixar mais claro ainda…existem vários tipos de transtornos de ansiedade…aqui estamos falando especificamente do transtorno do pânico tá??
Estamos no país mais ansioso do mundo, segundo a OMS, ganhando em disparada (isso pelo menos quando vos falo aqui, quem sabe difundindo a psicologia isso já não tenha mudado?!) E dentre aos estatísticas, as mulheres são as mais afetadas. Então convém que falemos aqui sobre quais são esses sintomas e como eles se manifestam. Vamos então por questões didáticas, separar as questões psicológicas que são subjetivas e do outro lado as questões fisiológicas, que são adaptativas, mas que causam muito sofrimento quando estão desreguladas. Acho que é essa inclusive a palavra da vez…”desregulação”…vamos aprender então o ciclo do ataque de ansiedade. Primeiro o que ocorre fisiologicamente…Vamos supor que nosso corpo exista um alarme de incêndio: quando esse alarme é acionado, é liberado em nosso cérebro substâncias como noradrenalina e cortisol, pra ativar nossa atenção, aumentar nossa pressão, e aumentar o batimento do nosso coração, afinal precisamos bombear mais sangue para termos mais oxigênio em nossos músculos e dessa forma ganharmos uma forca extra para fugir do incêndio. Então, a consequência disso é a gente ter que puxar mais ar, de forma mais curta (que é a hiperventilação, isso é feito sem a gente perceber), sentimos as mãos formigando, dormentes, e também nos dá uma sensação de desmaio, além de nossa vista ficar turva… só que o grande detalhe é que isso tudo acontece por causa de um falso alarme… racionalmente não existe perigo iminente no ambiente. Dai vem a parte dos sintomas psicológicos. Que nada mais são do que as nossas interpretações sobre o que está acontecendo com o nosso corpo. Tendemos a olhar para dentro e nos auto-vigiar… percebemos tudo isso acontecendo, sem nenhum motivo… de acordo com essa ótica, as sensações são desesperadoras e isso é muito preocupante realmente. Principalmente pra aqueles que não sabem que essas sensações acontecem por esse falso alarme. O que nos resta é interpretarmos esse mal-estar de uma forma que catastrofise os acontecimentos. Em geral, quem sofre esses ataques de ansiedade tem pensamentos do tipo: “vou perder o controle; Vou ter um ataque cardíaco; vou enlouquecer; tenho certeza que vou morrer”… cada vez que esses pensamentos acontecem, e quanto mais a gente preste atenção em nosso corpo, mais reforça em nosso cérebro a existência real do perigo, ou seja… vira um grande ciclo…que pode durar de minutos até horas… geralmente o profissional que diagnostica primeiramente o ataque de pânico é o cardiologista, porque como a pessoa tem certeza que esta morrendo, muitas vezes vai parar na emergencia. Mas obviamente, está tudo bem com sua saude física, então, a questão a se resolver é de ordem psicológica.
Agora você já entendeu como os ataques de ansiedades ocorrem e o porque eles são tão reais e convincentes, a ponto de poder atrapalhar e limitar a vida de quem sofre com esse tipo de experiência.
Mas quais são as diferenças entre um ataque de ansiedade e o transtorno de pânico? Bem… efetivamente, em termos de sintomatologia e características eles são iguais. Tanto um quanto o outro tem as mesmas características, tanto físicas quanto psicológicas. Mas como eu falei la em cima, o transtorno se instaura quando o medo de sentir o ataque de ansiedade começa a te fazer ter comportamentos de evitação, te causando preocupações em sentir isso de novo, e pelo menos uma vez no mês você esteja sentindo esses ataques inesperadamente.
De acordo com os estudos, as pessoas que desenvolvem ataques de ansiedade já tem uma predisposição biológica, psicológica, mas isso pode ser desencadeado também se a pessoa estiver exposta a fatores estressores, como por exemplo: abusos, perdas, doenças, experiencias traumáticas e ambientes familiares ansiogênicos e conturbados. Existe também uma correlação entre depressão e ansiedade… caso a pessoa sofra longos períodos de sintomas ansiosos, isso pode desencadear uma comorbidade. E gente, por favor se alguma vez você pensou em diminuir os sintomas de ansiedade com álcool, ou outras drogas, isso pode trazer ainda mais problemas, tá? Além do obvio, que é a dependência química, a crise de abstinência pode trazer uma crise de ansiedade mais violenta ainda.
Agora vamos falar do tratamento… não existe nenhum exame que indique se a pessoa é ou não ansiosa. Logicamente os exames médicos podem tirar as suspeitas de algum problema fisiológico e dessa forma descartar se a pessoa possui outras doenças. O diagnóstico da ansiedade é feito pela observação e análise dos sintomas, ou seja, é basicamente clínico.
Sendo assim, os principais tratamentos para a ansiedade são A PSICOTERAPIA, e dentre as abordagens existentes, a que a ciência encontrou mais evidências foi a TCC e o que a TCC englobou em suas praticas das terapias contextuais como por exemplo o Mindfulness. E também o tratamento com os medicamentos antidepressivos, ansiolíticos, betabloqueadores e anticonvulsivantes. Lembrando que a prescrição dessas drogas deve ser feita com cuidado pelo seu psiquiatra, porque existe riscos reais de prejuízos psicomotores, problemas de memória e dependência desses fármacos.
É meu dever aqui te orientar, caso você esteja sofrendo com esses sintomas ansiosos e isso realmente esteja sendo um entrave em sua vida, ou seja algo que está te puxando pra baixo e te fazendo mal, busque um profissional da Psicologia e Psiquiatria para te auxiliar a lidar com esse processo. Você não é obrigado a passar por esse sofrimento sozinho sem um acompanhamento especializado!
Acho valido também te orientar no caso de você você presenciar alguém tendo uma crise de pânico, a ajude a respirar profundamente e bem devagar. Em alguns minutos o mal estar irá passar com esse controle da respiração.
Se você desejar que eu faça um artigo falando de algumas técnicas da TCC que pratico na clínica com os clientes, deixa aqui nos comentários, tá bom?
Então é isso, espero de coração que eu possa ter te ajudado e que com essa psicoeducação você já possa experimentar verdadeiros ganhos em qualidade de vida e redução do sofrimento dos sintomas ansiosos. Fica aqui o meu abraço e ate breve !
Danilo Abreu
É apaixonado por psicologia clínica e comportamento humano, sendo estudioso de temas como Terapia Cognitivo-comportamental e Psicologia Baseada em Evidências. Formado em Psicologia há mais de 10 anos pela Faculdade Ruy Barbosa, em Salvador, e já ajudou a melhorar a qualidade de vida de centenas de clientes com as mais diversas questões internas, através de terapias individuais e acolhimentos em grupo.
É músico e produtor musical. Encontrou na música uma fonte de atingir ainda mais pessoas que desejam alcançar felicidade e o bem-estar.
“Meu papel é buscar ser o suporte necessário para promover a mudança que você deseja em sua vida.”